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Paraense 1ª Divisão
Em 15 de janeiro de 2013 às 10:42

Flávio Araújo defende pontos corridos e pede Seleção com "tática brasileira"

Ele disse ao Sr. Goool que o sistema de pontos corridos é o mais justo no futebol

Rodolfo Brito São Paulo-SP

Pará - O técnico do Remo, Flávio Araújo, é mais um adepto ao sistema de pontos corridos. Em entrevista ao site Sr. Goool, ele classificou como justa a disputa por pontos corridos. E ainda criticou a fórmula da Série D do Campeonato Brasileiro. No ano passado, ele foi campeão da competição com o Sampaio Corrêa.

"A disputa por pontos corridos é mais regular, mais justa. Premia o melhor ao longo do tempo, das rodadas. A Série D é injusta. Faz injustiça com o melhor time. Se você não estiver em um bom dia, pode ser eliminado e perder toda a temporada", explicou o comandante.

Em 2013, o Remo tentará se classificar para a Série D. A vaga poderá vir do Campeonato Paraense. Flávio Araújo conhece bem a competição nacional. No ano passado, ele foi campeão e levou o Sampaio Corrêa ao acesso à Série C. O clube maranhense ainda acabou a temporada com o melhor aproveitamento entre os 100 representantes das Séries A, B, C e D do Brasileirão (79,1%).

Ele faz questão de dividir com os jogadores este sucesso alcançado na temporada passada. Além da gratidão, é uma forma de evitar a "rebelião" do grupo. Para o comandante, alguns técnicos passam do limite e podem ter que conviver com a insatisfação dos jogadores.

"O sucesso do treinador depende do brilho dos jogadores. Muitas vezes, o técnico se excede. Acha que é o Deus do mundo. O atleta passa a não confiar mais em seu treinador. Assim o clube não vai para a frente", disse Flávio Araújo que também lamentou a pouca união entre os treinadores.

"Tem união, mas não tem união geral. Boa parte dos técnicos desempregados costumam se oferecer, ficam lançando seu nome. Isso não deveria ser assim. Você não pode forçar a queda de um companheiro. Precisa ser natural. Estou há 14 anos na profissão e nunca liguei para um dirigente. Técnico tem que ser procurado".

Esta atitude faz com que Flávio Araújo exija autonomia nos clubes que defende. Ele não toleraria intromissão dos dirigentes em sua escalação.

"Não! De forma alguma aceitaria palpites. O técnico precisa ter autonomia. A batata assa na mão do técnico. A virtude do treinador é ter autonomia. O mundo é democrático. Aceito conversar, mas eu que decido. Se o técnico tem vergonha na cara e vive uma situação dessa, entrega o cargo", frisou o comandante do Remo.

Com 49 anos e há 14 na profissão, o ex-jogador e supervisor de futebol também tem sua tese em relação ao momento vivido pela Seleção Brasileira. O técnico Luiz Felipe Scolari fará sua primeira convocação em 22 de janeiro para o amistoso contra a Inglaterra, em 6 de fevereiro, no Estádio de Wembley, em Londres.

"A Seleção precisa jogar da maneira brasileira. Nos últimos anos jogamos como os europeus. É preciso jogar como os brasileiros. Cada um dentro da sua maneira. Não quero saber se o Hulk joga de tal forma lá fora. Ele é centroavante e deve jogar assim. Isso vale para todos os jogadores. A tática tem que ser brasileira. A nossa maneira", finalizou Flávio Araújo ao Sr. Goool.