Mudança de casa faz aumentar a dívida do Oeste em jogos pela Série B

São Paulo - O Oeste, ainda em Itápolis, conquistou o acesso na Série C do Campeonato Brasileiro em 2012. Desde então, o clube paulista joga a Série B. Mas a casa do Rubro mudou de lá para cá. Nos dois primeiros anos, o Oeste até atuou no Estádio dos Amaros, em Itápolis. Em 2015, já brigado com a prefeitura local, o clube levou suas partidas para o José Liberatti Rochdale, em Osasco. Enquanto isso, nas últimas duas temporadas, os paulistas assumiram Barueri e passaram a atuar no estádio local. As trocas de casa, contudo, pouco alteraram a catastrófica situação financeira do Oeste. Segundo levantamento do Sr. Goool, aliás, a dívida até aumentou.

Para se ter uma ideia, na atual edição da Série B, o Oeste briga pelo acesso. Mas mesmo estando próximo do G4, o clube paulista é o segundo que mais perdeu dinheiro. A dívida do Rubro já está na casa dos R$ - 311.240,58. Em todas as 12 partidas na Arena Barueri, os paulistas tiveram que pagar para entrar em campo. Em média, o Oeste perde R$ - 25.936,72 por duelo. O maior rombo aconteceu contra o Criciúma (R$ - 32.967,45).

No ano passado, a situação foi parecida. O Oeste deixou a Série B com dívida de R$ - 366.421,98. Em 18 das 19 partidas como mandante, a Onça registrou déficit. A cidade de Barueri, aliás, é aquela que mais depena o Oeste. Em Osasco, o Rubro também ficou no vermelho, mas dívida foi um pouco menor, de R$ - 166.786,72. Juntando as últimas três temporadas, o Oeste - mesmo na Série B - foi obrigado a pagar quase um milhão de reais (R$ - 844.449,28). Essa quantia, contudo, ainda pode aumentar, uma vez que o Oeste fará mais sete duelos em casa.

Jeitinho para ficar no azul!
A temporada de 2014 foi a última do Oeste em Itápolis e também no azul. Mas há um asterisco nas campanhas em que o clube atuou no Estádio dos Amaros. Há três anos, por exemplo, os cofres paulistas até tiveram superávit de R$ 115.650,86, mas a salvação passou muito longe do interior paulista. O Oeste levou a partida contra o Vasco para a Arena da Amazônia e, lá, abocanhou nada menos do que R$ 363.500,18. Todos os outros jogos dos paulistas, no entanto, ficaram no vermelho e produziram dívida de R$ - 247.849,32.

A estreia na Série B, em 2013, teve o mesmo panorama. Em Itápolis, o Oeste pagou R$ - 311.364,01, mas como o clube do interior levou a partida ante o Palmeiras para São José do Rio Preto, a renda daquele jogo de R$ 323.737,00 gerou um saldo positivo de R$ 12.372,99. Em campo também nada de mudanças. O Oeste ficou em 15º lugar em 2013 e 2014 e, nas últimas duas temporadas, terminou na 16ª posição.

A mudança, até aqui, só serviu para deixar Itápolis órfã e os torcedores irritados. Sem falar que Barueri também ainda não adotou o novo clube. Na 7ª colocação com 37 pontos, o Oeste voltará a campo na próxima sexta-feira, às 21h30, para encarar o Luverdense no Estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, pela 25ª rodada da Série B.