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Capixaba Série A
Em 17 de maio de 2017 às 10:05

Novatos destacam-se em campo, mas Capixabão fica com a pior média de público dos últimos anos

Sem os principais clubes do estado no mata-mata, Capixaba teve apenas 358 testemunhas

da Redação -

Espírito Santo - O Campeonato Capixaba foi surpreendente dentro de campo. Afinal, Itapemirim, Doze, Tupy e Espírito Santo fizeram as semifinais sem que nenhum dos clubes tivesse título - fato inédito no Estadual. Apesar do mata-mata histórico, a competição foi um fracasso nas arquibancadas. A explicação está no desempenho desastroso dos maiores clubes do Espírito Santo. A Desportiva Ferroviária, campeã em 2016, lutou contra o rebaixamento, enquanto o Rio Branco - maior vencedor do estado - amargou o descenso.

Com novidades em campo, mas sem apelo fora das quatro linhas, o Capixabão foi encerrado com média de apenas 358 testemunhas e total de 18.272 espectadores. No ano passado, a média final esteve em 515 fãs. Há dois anos, a competição terminou com 708 apaixonados, ante 648 fanáticos em 2014. Quatro temporadas atrás, a média final do Capixaba registrou 848 torcedores. Já em 2012 foram 751 aficionados.

No ranking de público dos clubes, o campeão Itapemirim terminou em 3º lugar com média de 568 pagantes. O Galo, em 51 anos de história, conquistou seu primeiro título no estado. A liderança acabou com o degolado Rio Branco (875). Dos dez clubes, apenas o Real Noroeste sequer atingiu 100 espectadores (91).

Ao todo, nove jogos tiveram público inferior a 100 testemunhas. O vice-campeão Doze foi o responsável pelos três piores, sendo o menor de 33 pagantes no embate contra o Espírito Santo. A partida, porém, diz muito sobre os clubes. Enquanto o Espírito Santo foi fundado em 2006, o Doze completará apenas três anos de fundação em novembro.

 Itapemirim foi campeão pela primeira vez na história, mas teve apenas o 3o maior público do Capixabão!William CaldeiraItapemirim foi campeão pela primeira vez na história, mas teve apenas o 3o maior público do Capixabão!
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Mas mesmo diante do baixo público do Estadual, a Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES) exigiu 8% da renda bruta dos seus filiados. A taxa cobrada em competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é de 5%. Diante desse aditivo, a FES arrecadou R$ 19.129,20. Não se deixe enganar. Tal montante deveria estar nos cofres dos clubes.

Ainda mais pelo fato de que sete dos dez clubes do Capixabão tiveram déficits. São Mateus (R$ 30.186,07), Rio Branco (20.031,90) e Itapemirim (R$ 14.560,02) foram os únicos clubes que conseguiram sair com alguma receita do Estadual. E o montante do campeão Itapemirim é inferior ao valor da FES. Pior aconteceu com o Doze, dono do maior rombo do estado (R$ - 18.678,82).

Em campo foram 51 jogos com 18 vitórias dos mandantes, 14 triunfos dos visitantes e 19 empates. Aconteceram 119 gols, sendo 65 dos donos da casa e 54 dos visitantes. Média de 2,33 tentos por partida. O empate, por 1 a 1, foi o resultado mais repetido - oito vezes, uma a mais do que o 0 a 0. O Itapemirim, com 25 gols, garantiu o melhor ataque.