São Paulo - O Campeonato Brasileiro de futebol feminino é considerado amador pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Diante disso, a entidade não viu problemas em escalar o assistente paulista Fábio Rogério Baesteiro para duas partidas em dois dias consecutivos.
Professor de Educação Física, Baesteiro tem 34 anos, se formou em 2003 e é do quadro da CBF-1. Ele atuará na partida entre Ferroviária-SP e Pinheirense-PA no próximo sábado, às 15 horas, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, pela 2ª rodada do Grupo 1 do Brasileirão Feminino.
Após um breve descanso, exatas 24 horas depois e 171 km de distância, Fábio Rogério Baesteiro irá bandeirar o duelo paulista entre Rio Preto e Santos no Estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto, também pelo Grupo 1.
No feminino, pode!
"É um árbitro assistente experiente, erra pouco. E a competição permite isso. Por ele ser um assistente, não vejo problemas na escalação. Talvez com árbitro seria diferente, mas assistente não vejo problema", analisou Cel. Marinho ao Sr. Goool.
O Art. 25 do Regulamento Geral das Competições não menciona arbitragem, mas proíbe jogadores de atuarem em um curto espaço de tempo."Os clubes e atletas profissionais não poderão, como regra geral, disputar partida sem observar o intervalo mínimo de sessenta (60) horas".
Como os árbitros não são profissionais e o Brasileirão Feminino é considerado amador pela CBF...
"É fisicamente suportável. Esforço suportável. Não vejo problema pelo tipo de competição. São jogos fáceis. Se fosse um jogo pelo Brasileirão haveria problema. Mas no feminino a cobrança é menor, a parte física é menos intensa. Isso não é novo. Em São Paulo, escalamos o mesmo assistente em jogos do Sub-15 e Sub-17. Às vezes até do Sub-20", comentou o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da FPF.
"É necessário fazer (escalar o mesmo assistente em jogos seguidos). Isso diminui os gastos. Temos problemas de escala. São muitos jogos e às vezes é necessário escalar o mesmo assistente em jogos em dias seguidos", completou Cel. Marinho ao Sr. Goool.
Maratona!
Na 1ª rodada do Brasileirão Feminino, na última quarta-feira, Fábio Rogério Baesteiro foi um dos assistentes na vitória do Rio Preto, por 3 a 0, sobre o Iranduba-AM. Ou seja, em cinco dias, ele participará de três jogos no Brasileiro de futebol feminino. No Sr. Goool, há uma ferramenta de busca da arbitragem (Veja o link abaixo!). Basta digitar o nome do árbitro, assistente ou 4º árbitro para ter a relação completa dos jogos em que eles participaram.
Baesteiro, por exemplo, já participou, em 2015, de partidas do Paulistão, Mato-grossense, Copa do Brasil, Séries B, C e D do Brasileirão, além do futebol feminino. A relação completa de seus jogos está no sistema de busca de arbitragem do Sr. Goool.
Derrapada!
O sorteio é garantido por Lei. Não por acaso, na página do Brasileirão Feminino no site da CBF há link para o RGC e com explicações do Estatuto do Torcedor. Diz o RGC e o Estatuto do Torcedor:
"Parágrafo único – A CA designará os árbitros e assistentes para cada partida, observadas as disposições específicas constantes 32 do EDT.
Art. 32 – É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados.
§ 1o – O sorteio será realizado no mínimo quarenta e oito horas antes de cada rodada, em local e data previamente definidos.
§ 2o – O sorteio será aberto ao público, garantida sua ampla divulgação".