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Brasileirão Série B
Em 27 de julho de 2014 às 16:42

Após ascensão em campo, Oeste "procura" torcedores na Série B

Rubro-negro tem o pior público entre todos os clubes paulistas das Séries A, B e C do Brasileirão

Rodolfo Brito São Paulo-SP

São Paulo - O Oeste nunca foi um fenômeno nas arquibancadas. Mas o Rubrão sempre conseguiu um público cativo, ainda mais nos últimos anos quando subiu da Série D para a atual Série B do Campeonato Brasileiro. Em um passe de mágica, porém, o público do Oeste não só estagnou como retrocedeu na atual temporada. Tanto é verdade que o clube de Itápolis tem a pior média de pagantes entre os clubes paulistas das Séries A, B e C do Brasileirão. (Confira a página exclusiva do Oeste no Sr. Goool!)

Em seis partidas como mandante na Série B, o Oeste amarga a lanterna com média de apenas 373 torcedores e público total de 2.235 pagantes. Dos três piores públicos do segundo escalão nacional, dois são do Rubrão. Na última sexta-feira, o Oeste bateu o Luverdense, por 2 a 1, diante do pior público da Série B (238). Este público ainda precisa ser confirmado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Já contra o Icasa, 265 pagantes estiveram no Estádio Municipal dos Amaros.

A casa do Oeste, em Itápolis - distante 360 km da capital São Paulo -, tem capacidade para 14.074 pessoas, mas faz tempo que as arquibancadas não ficam repletas de torcedores. O último grande público no Estádio dos Amaros foi em 2012, quando o Oeste sagrou-se campeão da Série C em cima do Icasa (4.526).

 Estádio dos Amaros, em Itápolis, não tem mais ficado com as arquibancadas cheias na Série B!
Mas pouca coisa mudou de 2011, quando o Oeste subiu da Série D para a atual Série B. O clube paulista manteve os valores dos ingressos da temporada passada (R$ 40, R$ 20 e R$ 15). Os preços foram reajustados minimamente em relação a Série C de 2012 (R$ 30, R$ 15 e R$ 10). Os gastos também não subiram - cerca de R$ 20 mil, sendo que o policiamento, com R$ 8 mil, é o que dá mais prejuízo.

O problema é que o torcedor não tem comparecido ao estádio. Se na temporada passada, a Série B ainda era novidade, agora, a exigência da torcida passou ser maior. Mas em campo, o clube patina e luta contra o rebaixamento. A vitória na última rodada tirou o clube paulista da zona de rebaixamento. Mas ainda assim, o Oeste amarga a 16ª colocação com apenas 14 pontos - um a mais do que a zona de rebaixamento.

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No início da escalada nacional, o Oeste terminou a Série D 2011 com acesso e na 15ª colocação do ranking de público, sendo que a última divisão nacional contava com 40 clubes. O Rubrão chegou a colocar 3.200 pagantes no Estádio dos Amaros. A média final foi de 1.427 pagantes.

Na Série C do ano seguinte, mesmo com o acesso e com o título, a média caiu ligeiramente, mas ainda assim, é amplamente superior ao desempenho atual. No terceiro escalão nacional, o Oeste ficou com o 11º lugar no ranking de público e média de 1.221 pagantes. Em 12 jogos, o total de público rubro-negro foi de 14.650 torcedores.

No ano passado, o Oeste lutou contra o rebaixamento na Série B, mas como a divisão era novidade, o público subiu. Dos 20 clubes, o Oeste teve a 14ª melhor média de público da competição com 2.338 fanáticos. Em 19 partidas como mandante, o Oeste arrastou 44.431 pagantes ao estádio. Agora, porém, a situação nas arquibancadas não tem sido nada boa.

Dentro das quatro linhas, porém, o Oeste segue invicto diante do seu torcedor. São duas vitórias e quatro empates. No geral, a campanha rubro-negra tem três vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Na próxima terça-feira, o Oeste fará um duelo de seis pontos contra a Portuguesa, às 21 horas, no Estádio do Canindé, em São Paulo, pela 14ª rodada. A Lusa está na zona de rebaixamento com 11 pontos.