Paraná - Decepcionante! Assim foi a Série D do Campeonato Brasileiro nas arquibancadas. Segundo levantamento do Sr. Goool, a última divisão nacional - encerrada no domingo - teve a pior média de público da sua história. Detalhe: no ano passado, a Série D já tinha ganho essa alcunha que, agora, passa para a atual temporada. Sem falar que, pela quarta vez, a competição sequer atinge a marca de duas mil testemunhas.

Em 266 partidas, a Série D obteve média de apenas 1.159 pagantes e público total de 295.494 torcedores. Como comparação, Corinthians (461.833), São Paulo (356.526) e Palmeiras (352.383), em pouco mais de dez jogos na Série A, superam o total de público da última divisão nacional. A média final do ano passado tem quase 500 fãs a mais que em 2017 (1.631).

As edições de 2013 (1.832) e 2014 (1.897) também ficaram abaixo de duas mil testemunhas. Ao longo das nove temporadas da Série D, por outro lado, só em 2011 a média geral bateu em três mil pagantes (3.280). Enquanto isso, as outras temporadas ficaram na média de dois mil espectadores. A Série D iniciou os trabalhos em 2009 com média de 2.580 torcedores, ante 2.730 aficionados em 2010. Já em 2012 foram 2.333 pessoas, enquanto em 2015 ficou em 2.662 presentes.

Sem surpresa!
Diante dos números apresentados, não causa surpresa o fato de que o último escalão nacional tenha contabilizado 21 públicos abaixo de 100 gatos pingados na atual temporada. O menor de todos aconteceu no embate nortista entre o rondoniense Real Ariquemes e o amazonense Princesa do Solimões (16). Nem mesmo os puxadores de público agitaram a divisão. Apenas uma partida superou a barreira de dez mil pagantes. O América de Natal atuou diante da Juazeirense para 12.799 apaixonados. A finalíssima da Série D, como comparação, ficou em 8.679 espectadores.

Esse foi o maior público do campeão Operário. O Fantasma, por sinal, terminou a Série D na 3ª colocação do ranking de público (4.518). Os paranaenses ficaram atrás de América de Natal (8.094) e Itumbiara (5.000). A dupla, porém, não obteve o acesso. Entre os clubes que subiram, as médias foram bem modestas. O vice-campeão Globo, por exemplo, terminou em 18º lugar com 1.019 apaixonados. Um pouco acima, na 9ª colocação, o Atlético Acreano garantiu 1.604 torcedores. Já a Juazeirense não passou de 999 fãs.

Quatro linhas...
Em campo, a Série D foi encerrada com 266 partidas, sendo 137 vitórias dos mandantes, 57 triunfos dos visitantes e 72 empates. Aconteceram 630 gols. Os donos da casa balançaram as redes 393 vezes, ante 237 dos visitantes. Média de 2,37 por partida. A vitória dos mandantes, por 1 a 0, foi o resultado mais repetido - 43 vezes.

O Operário foi campeão com o 4º melhor aproveitamento da história da Série D. Líder do seu grupo que tinha Brusque, XV de Piracicaba e São Paulo, o Operário também passou por Desportiva Ferroviária, Espírito Santo, Maranhão, Atlético Acreano e Globo. O clube paranaense garantiu 11 triunfos (sete em casa e quatro fora), um empate como visitante e sofreu quatro derrotas (uma diante da torcida e três fora), além de 23 gols a favor e oito contra. Aproveitamento geral de 70,8%.

Confira a média de público de todas as edições da Série D:

TEMPORADA	PAGANTES
2009	2.580
2010	2.730
2011	3.280
2012	2.333
2013	1.832
2014	1.897
2015	2.662
2016	1.631
2017	1.159