Goiás - O CRAC é o segundo clube rebaixado na Edição 2014 da Série C do Campeonato Brasileiro e o primeiro goiano a cair para a última divisão nacional desde que o futebol brasileiro passou a contar com quatro divisões, em 2009. Neste sábado, mesmo sem entrar em campo, o CRAC amargou o descenso com o empate do Águia diante do Cuiabá (1 a 1). O clube paraense, primeiro fora da degola do Grupo A, chegou aos 17 pontos e o CRAC - na lanterna com dez - já não pode mais alcançar o rival. (Confira a página exclusiva do CRAC no Sr. Goool!)

Ao todo, 17 Estados já tiveram clubes degolados na "nova" Série C. Nesta mesma temporada, o Duque de Caxias - rebaixado no Grupo B - colocou o Rio de Janeiro nesta lista negra. Mas o recordista segue sendo São Paulo com três quedas (Marília, Santo André e Grêmio Barueri). Minas Gerais (Tupi e Betim), Rio Grande do Norte (Alecrim e Baraúnas), Rio Grande do Sul (Juventude e Brasil) e Distrito Federal (Gama e Brasiliense) têm dois rebaixamentos cada.

Os outros clubes que amargaram o descenso são Sampaio Corrêa-MA, Confiança-SE, Mixto-MT, Marcílio Dias-SC, São Raimundo-PA, Araguaína-TO, Campinense-PB, Salgueiro-PE, Guarany-CE, Rio Branco-AC, Duque de Caxias-RJ e, agora, CRAC-GO. No ano passado foram cinco quedas.

Inédito!
O CRAC ainda se tornou o primeiro clube a ser rebaixado na mesma divisão em dois anos seguidos. O clube goiano já havia caído no ano passado. Ao longo dos 18 jogos da Primeira Fase da Série C 2013, o CRAC amargou a penúltima colocação do Grupo B com 17 pontos e aproveitamento de 31,5%. Foram quatro vitórias, cinco empates e nove derrotas. Com este desempenho, o clube goiano foi degolado à Série D - última divisão nacional.

Mas acontece que o Betim, então classificado com a quarta melhor campanha do grupo, foi condenado pela FIFA a pagar R$ 426 mil ao The Strongest, da Bolívia, por conta da contratação do atacante Pablo Escobar - esta feita em 2006, quando o clube ainda atuava em Ipatinga. Os mineiros alegaram que não tinham este montante e não fizeram o pagamento.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) puniu o clube mineiro com a perda de seis pontos. O Betim recorreu e entrou na Justiça Comum, o que fez a FIFA exigir sua exclusão da Série C. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o time mineiro e o rebaixou à Série D.

Com o rebaixamento do Betim, o CRAC - após disputas com outros interessados na vaga - ganhou a benção da CBF e se garantiu na Série C 2014. Mas o susto em nada fez a diretoria do clube goiano andar nos trilhos. Pelo contrário. Para começar, o CRAC foi punido com a perda de três pontos por ter escalado - de forma irregular - o jogador Tiago Sala. E agora, teve consumada a queda.

Histórico!
A Série D do Brasileirão foi criada em 2009 e o CRAC esteve em sua primeira edição, mas deixou a desejar. O clube goiano foi eliminado ainda na fase de grupos com aproveitamento de apenas 27,8%. Em 2010 e 2011, o CRAC fez ainda pior e sequer se classificou para a última divisão nacional.

A redenção, porém, veio em 2012. Na oportunidade, o clube se classificou com a melhor campanha do Grupo A5 - aproveitamento de 62,5%. No mata-mata, o CRAC eliminou o Nacional-MG nas oitavas de final e garantiu o acesso ao passar pelo Friburguense-RJ nas quartas de final. Na semifinal, a vítima dois goianos foi o Mogi Mirim. O CRAC terminou aquela Série D com o vice-campeonato ao ser derrotado apenas pelo Sampaio Corrêa na decisão.

Hoje, o CRAC ocupa a lanterna do Grupo A com dez pontos. Neste domingo, o clube goiano enfrentará o ASA, às 16 horas, no Estádio Coaracy Fonseca, em Arapiraca, pela penúltima rodada da fase de grupos.

Confira os clubes rebaixados na Série C do Brasileirão:

2009 (Sampaio Corrêa-MA, Confiança-SE, Mixto-MT e Marcílio Dias-SC)

2010 (São Raimundo-PA, Alecrim-RN, Gama-DF e Juventude-RS)

2011 (Araguaína-TO, Campinense-PB, Marília-SP e Brasil-RS)

2012 (Salgueiro-PE, Guarany-CE, Santo André-SP e Tupi-MG)

2013 (Brasiliense-DF, Baraúnas-RN, Rio Branco-AC, Betim-MG e Grêmio Barueri-SP)

2014 (Duque de Caxias-RJ e CRAC-GO)