Pará - A diretoria do Santa Cruz ameaçou e garantiu que não entraria em campo antes mesmo do duelo contra o Paysandu, no Mangueirão, em Belém, pela 7ª rodada da Taça Estado do Pará. Mesmo assim, 24 corajosos pagaram ingresso, como mostra o borderô da partida. (Veja o arquivo completo ao final da matéria!).

Todas as entradas comercializadas foram de arquibancada ao preço de R$ 15. A renda total chegou a R$ 360. Ao todo foram colocados à venda 3.430 ingressos, sendo 2.480 de arquibancada, 700 de cadeira (R$ 30) e 250 meia-entrada (R$ 7).

Desses 24 pagantes, 23 pegaram o dinheiro de volta, enquanto um torcedor não quis fazer a troca. Ele acabou ficando com o ingresso do jogo que não aconteceu.

Independente do público de quarta-feira, o Santa Cruz não vinha lotando o estádio, uma vez que estava com seu estádio vetado. O clube tem a segunda pior média de público do Estadual Paraense, com apenas 471 pagantes.

Mesmo sem entrar em campo, a diretoria do Santa Cruz arcou com despesas. O aluguel do campo foi de R$ 8 mil. A confusão, que acabou com W.O. a favor do Paysandu, teve início justamente na mudança de estádio. A partida saiu de Cametá e foi para Belém. O clube do interior não concordou com a decisão da Federação Paraense de Futebol (FPF) e prometeu entrar na justiça contra a entidade.

As despesas do Santa Cruz ainda incluem os pagamentos normais em uma partida, como os 10% para a FPF (R$ 36). No total os gastos chegaram a R$ 21.190,98, com a renda líquida no vermelho em R$ 20.830,98.