São Paulo - Clubes e torcedores brasileiros não estão em sintonia quando o assunto é Copa Sul-americana. Alguns clubes, de forma disfarçada, forçam a eliminação na Copa do Brasil só para poder jogar o segundo torneio mais importante da América do Sul. Os torcedores, por outro lado, pouco se empolgam com a competição. Os números desta temporada são ainda mais cristalinos.
O Bahia, por exemplo, tem a melhor média de público da Série B (19.001). Sem falar que o Tricolor lutou com unhas e dentes pela vaga que era requerida pelo Ceará, campeão da Copa do Nordeste. O Bahia ganhou a disputa, mas a torcida não se animou. No confronto nordestino contra o Sport - clube da Série A -, apenas 4.418 gatos pingados apareceram na Arena Fonte Nova, em Salvador. Na Série B, por exemplo, o Esquadrão teve apenas um público abaixo de dez mil pagantes e mesmo assim foi o dobro do apresentado na Sul-americana.Não pense que a torcida do Sport fez diferente no duelo da volta. O Leão da Ilha é o único representante nordestino no Brasileirão e ostenta média de 19.568 apaixonados, a 7ª maior da elite. Mas na Copa Sul-americana, o público da classificação não chegou a dez mil torcedores (8.201).
Pra baixo!
No último final de semana, clube da MLS arrastou inacreditáveis 64.358 torcedores ao estádio
Leia a notícia completaNem o dono do maior público - entre os brasileiros - da Copa Sul-americana escapou da queda nas arquibancadas. No jogo da classificação, o Atlético levou 11.725 fanáticos para a Arena da Baixada. Este foi o único público acima de dez mil torcedores. No Brasileirão, porém, a média rubro-negra bate na casa dos 17.285 pagantes.
Já o Goiás praticamente manteve sua média do Nacional na Copa Sul-americana. Os goianos têm a pior média da Série A (5.362). A eliminação para o Brasília na Copa Sul-americana foi vista por 5.075 apaixonados. Levando em conta apenas os públicos dos brasileiros, a média geral da Copa Sul-americana é de 5.022 testemunhas. Pouco para tantos clubes que sonham com um torneio além das fronteiras brasileiras.